“Dietéticas” para se esbaldar

É verdade que a preferência nacional na Argentina é para mulheres magrinhas de pernas finas. Mas não é porque tenho um “corpão violão” de coxas grossas que eu apelei para as Dietéticas já no meu primeiro ano morando aqui.

Antes de entrar pela primeira vez numa Dietética eu passei muitas vezes na frente dessas lojas sem nem olhar lá dentro por preconceito, tenho que confessar. “Deve ser tudo diet, muito natureba pra mim”. Mas, depois de passar um mês procurando nos diferentes supermercados e mercadinhos um mísero pacote de milho para fazer pipoca (que não fosse de micro-ondas e nem doce), eu me rendi a indicação de uma mulher que me disse “Isso você deve encontrar nas Dietéticas”.

Pra mim não fazia muito sentido “o dia que pipoca for diet, cinema vai virar spa”, pensei com os meu botões! Mas entrei numa dessas lojas que ficava na minha rua mesmo e descobri um mundo novo. Melhor dizendo, um portal estelar que me levava a alguns ingredientes brasileiros, como o milho pra fazer pipoca, o feijão, a farinha de mandioca (que eles chamam de “fariña”, e eu aposto que é influência do Brasil, já que aqui eu mal encontro mandioca) e “otras cositas más” como o trigo para fazer comida árabe que aqui chama “trigo burgol”.

Isso é que dá ser preconceituosa…

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