As opções do cardápio

A maior vantagem da “culinária” na Argentina é que uma refeição consiste em um prato principal e pronto!

Torta, empanada ou um bife suculento são os cardápios mais cotados! Às vezes tem um acompanhamento, como purê de batata ou de batata-doce (adoro! e nunca tinha comido antes), batata frita ou salada de alface e tomate. Nada de encher a mesa com arroz, feijão, carne, frango, salada de vários ingredientes, farofa, não sei mais o que e, de preferência, tudo feito na hora. Claro, que em alguma ocasião especial ou nas reuniões familiares de fim de semana a mesa fica cheia de opções. Mas até mesmo assim, os argentinos poucas vezes colocam mais de duas coisas no prato. Por isso o que muitas vezes me pareceu preguiça, depois acabei entendo como praticidade e questão de gosto ou costume.

É lógico que eu prefiro a mesa brasileira, não nego a raça seja onde for que eu esteja morando. Mas como não tenho nem muito talento nem muita disposição pra cozinha, não tenho empregada (só faxineira), trabalho fora e recebo em pesos, confesso que esta política antifartura é a minha salvação. Além do que, assim aproveito para combater um pouco o excesso de calorias e de desperdício, bem típico nosso.

E eu ainda tenho uma coisa que pouca brasileira tem: um “namorido” (meio namorado, meio marido) que cozinha bem e com quem eu posso contar para dividir esse meu martírio. A nossa divisão é bem clara: ou eu ou você. Como nenhum dos dois curte muito estar horas no fogão pra devorar tudo em 15 minutos (adoramos comer, mas não cozinhar diariamente), a política da casa é simples: se hoje eu sofro lá no ringue, você pode jogar a toalha e descansar, e vice-versa.

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